Noites de insomnia, offerecidas a quem não póde dormir. Nº 11

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Noites de insomnia, offerecidas a quem não póde dormir. Nº 11 by Camilo Castelo Branco

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Noites de insomnia, offerecidas a quem não póde dormir. Nº 11

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Book Excerpt

gemas da escravidão do mundo antigo para implantar, na terra, a liberdade, a igualdade e a fraternidade--trindade augusta d'esta religião d'amor.

«Ao visconde hei de eu contar largamente a minha vida. Hei de dar-lhe a narração escripta do triste fado da minha existencia. Quem, como eu, só espera do sepulchro--da valla, direi melhor--o silencio e o repouso, não pretende nem quer illudir ninguem.

«Retiro-me. Sinto-me aqui de mais. Apavora a minha presença com o sinistro nome que me deram.»

Devo dizel-o: estenderam-se-lhe todas as mãos. Nem uma só houve, que se esquivasse a este signal de pura cordialidade com que os homens se buscam e apreciam.

Ao cerrar da porta, ouvi que me dizia: «Até ámanhã.»

Este «ámanhã» seria a sua historia.

Ao passo que o carrasco descia os setenta e sete degraus, que conduziam á minha jaula, fiquei e

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