Sonetos de Anthero
Sonetos de Anthero
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Das turbas que me imporia o vão ruido?
Hoje deus, e amanhã já esquecido,
Como esquece o clarão de extinta chama!
Hoje deus, e amanhã já esquecido,
Como esquece o clarão de extinta chama!
Fóco, que a luz em torno não derrama,
Tal é essa ventura; éco perdido,
Quanto mais se chamou, mais escondido
Fugiu e se esqueceu de quem o chama.
Cada flor d'essa croa é um engano,
Como a nuvem das tardes ilusoria,
Como o misterio vão d'um vão arcano.
Mas croe-me tua mão a fronte ingloria,
Cinge-me tu o louro soberano...
Verás, verás então se amo essa gloria!
III.
Ignoto Deo.
Meus dias vão correndo vagarosos
Sem prazer e sem dor, e mais parece
Que este fóco intrior antes fenece
Do que brilha com raios luminosos.
É bela a vida e os anos são formosos,
E nunca ao peito amante amor falece...
Mas, se a beleza aqui nos aparece,
Outra alembra de m
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