O presbyterio da montanha
O presbyterio da montanha
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a terra dos nossos annos mais florídos; Lisboa, a do nosso berço e da nossa infancia. Uma e outra me chamariam pelos affectos em qualquer parte do mundo em que eu estivesse; e não houvera eu valído a resistir-lhes. Mas para aquelle ermo, que então cuidavamos nos durasse a vida toda, entranhavamo-nos elle e eu, por nos sentirmos um como o outro tão encantados com o nosso futuro, já palpado e colhido ás mãos, que alegres, sobre resignados, esqueciamos todos os outros sitios por aquelle, renunciavamos quaesquer outras delicias, mais amenas ou mais vívidas, por aquellas gentilezas incultas e mais poeticas de uma natureza quasi primitiva.
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Passámos n'uma bateirinha remada por uma velha moleira da margem, o viçoso rio de Bolfiar, a que deu nome, hoje corrupto, segundo a tradição, o bom fiar de certa moça mui santa, que junto d'elle vivia n'uma cho
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