O desastre de Lisboa em 1755: poesia
O desastre de Lisboa em 1755: poesia
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abysmo grande se tornava!
Lisboa nunca viu tão triste dia;
Perdida toda a gente se julgava;
As casas, sacudidas, oscilavam
E pelo gran' tremor se esmoronavam!
Lisboa nunca viu tão triste dia;
Perdida toda a gente se julgava;
As casas, sacudidas, oscilavam
E pelo gran' tremor se esmoronavam!
II
O cataclismo nada respeitava;
Palacios, templos, casas destruia,
E nos tristes destroços abysmava
Os miseros que n'elles envolvia.
Uma desgraça tal ninguem poupava
Á grande mortandade, que fazia:
E sob as cantarias deslocadas
As gentes expiravam sepultadas.
III
Em mui breves momentos... a cidade
O mais lugubre quadro apresentava.
Os habitantes, cheios d'anciedade
Que tamanho terror lhes inspirava
E de Deus supplicando, em vão, piedade,
Fugiam para a rua, onde reinava
Na triste, apavorada multidão
A mais indiscriptivel confusão.
IV
Abandonando as casas procuravam
Immersos nã
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