Newton: Poema
Newton: Poema
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nguas
O golpe fundo, o livido veneno.
No peristilio magestoso, e vasto,
(Eu não distinguo se he mulher, se he Deosa)
Então descubro, que volvendo os olhos,
Em mim pronta os fixou como se ha muito
Naquella Estancia me aguardasse; estende
Formosos braços, e me aperta ao seio.
Soltando a voz angelica me exclama:
Escrito estava no volume arcano
Do immobil Fado, que no Templo entrasses,
Que a Sapiencia levantou no Olympo.
Tu, separado dos mortaes enganos
Da vaidade, que domina o Mundo,
E dando ás Musas o fervente engenho,
Que á grata sombra dos sagrados louros
As horas ganhas da voluvel vida,
E o grão thesouro de profundo estudo
Buscas constante, e com trabalho ajuntas,
Soffrendo o longo afan té quando a sombra
No vasto seio involve o inerte globo:
Hoje das mãos da Sapiencia o premio
Tu deves receber, teu genio enchendo
Não de verso suave, ou brandas rimas,
O golpe fundo, o livido veneno.
No peristilio magestoso, e vasto,
(Eu não distinguo se he mulher, se he Deosa)
Então descubro, que volvendo os olhos,
Em mim pronta os fixou como se ha muito
Naquella Estancia me aguardasse; estende
Formosos braços, e me aperta ao seio.
Soltando a voz angelica me exclama:
Escrito estava no volume arcano
Do immobil Fado, que no Templo entrasses,
Que a Sapiencia levantou no Olympo.
Tu, separado dos mortaes enganos
Da vaidade, que domina o Mundo,
E dando ás Musas o fervente engenho,
Que á grata sombra dos sagrados louros
As horas ganhas da voluvel vida,
E o grão thesouro de profundo estudo
Buscas constante, e com trabalho ajuntas,
Soffrendo o longo afan té quando a sombra
No vasto seio involve o inerte globo:
Hoje das mãos da Sapiencia o premio
Tu deves receber, teu genio enchendo
Não de verso suave, ou brandas rimas,
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