Clepsydra

Clepsydra
Poêmas de Camillo Pessanha

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Clepsydra by Camilo Almeida Pessanha

Published:

1920

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991

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Clepsydra
Poêmas de Camillo Pessanha

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Book Excerpt

,
Se despedaçam,
No rio, os barcos.

Fundas, soluçam
Caudaes de chôro...
Que ruinas, (ouçam)!
Se se debruçam,
Que sorvedouro!...

Trémulos astros...
Soidões lacustres...
--Lemes e mastros...
E os alabastros
Dos balaustres!

Urnas quebradas!
Blocos de gelo...
--Chorae arcadas,
Despedaçadas,
Do viôloncello.

AO LONGE OS BARCOS DE FLORES

Só, incessante, um som de flauta chora,
Viuva, gracil, na escuridão tranquilla,
--Perdida voz que de entre as maís se exila,
--Festões de som dissimulando a hora.

Na orgia, ao longe, que em clarões scintilla
E os labios, branca, do carmim desflora...
Só, incessante, um som de flauta chora,
Viuva, gracil, na escuridão tranquilla.

E a orchestra? E os beijos? Tudo a noite, fora,
Cauta, detem. Só modulada trila
A flauta

Alex Martin - Love and Loss and the Perils of War
FEATURED AUTHOR - 'The Plotting Shed' (see her blog http://www.intheplottingshed.com/) was Alex Martin's first writing space at the bottom of her Welsh garden. Now she splits her time between Wales and France and plot wherever she is. She still wanders aimlessly in the countryside with her dog and her dreams and she can still be found typing away with imaginary friends whispering in her ear, but these days she has the joy of seeing her stories published and the treasured feedback from readers who've enjoyed them.